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Pistola Taurus PT-57 e suas Variações

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As empresas Taurus, contando com sua subsidiária Taurus Armas, é hoje,  reconhecidamente, uma das maiores fabricantes de armas do mundo, exportando para mais de 70 países e com fábrica no Brasil e nos USA. Começou suas atividades, timidamente, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, ha quase 70  anos atrás. Produziu seu primeiro revólver no ano de 1941, o qual incorporava soluções das armas similares da época, como os revólveres da Colt, Smith & Wesson e alguns outros de fabricação espanhola, comuns por aqui na época. Este primeiro modelo, um revólver calibre .38 SPL de 6 tiros, foi denominado de modelo 38101SO.

Em 1968, já lider de mercado no Brasil em armas curtas, a empresa resolveu enfrentar o mercado norte-americano, o mais competitivo do mundo neste ramo,  e não fez feio. Em pouco tempo, vendia mais revólveres naquele país do que alguns fabricantes locais. Neste meio tempo, a Smith & Wesson havia adquirido o conglomerado Bangor Punta que, em 1970, adquiriu 54% das ações da Taurus. Na verdade, ao contrário do que muitos imaginam, a Smith & Wesson nunca foi proprietária da Taurus, mas, durante esses anos muito da tecnologia da S&W foi passada à Taurus, e vice-versa! Atualmente a Taurus Armas não mais possui nenhuma relação com a Bangor Punta.

Em 1974, a Pietro Beretta, a mais antiga fabricante de armas no mundo, ainda em atividade, ganhou um importante contrato com o governo para o fornecimento das recém adotadas pistolas M975, e esse contrato incluía uma fábrica brasileira contando com mão de obra local, o que foi levado à cabo em São Paulo. Até 1980, a Beretta forneceu cerca de 40.000 pistolas para as Forças Armadas Brasileiras, mas, com o término desse contrato, em 30 de junho de 1980, vendeu todas suas operações no Brasil para a Taurus, processo que incluiu desde desenhos, ferramental, maquinários e uma mão de obra já especializada. A razão social dessa nova empresa passou a ser Taurus S/A Armas Militares e Civis. A Taurus passou, então, a ser a fornecedora exclusiva das pistolas M975 para o Exército. Esta arma é, na verdade, a mesma pistola Beretta mod. 92 adotada pelo governo Norte-Americano, chamada militarmente de M9, em substituição às Colt modelo 1911, em calibre .45ACP.

Em 04 de Abril de 1982, pegando um gancho no projeto da PT-92 e também da PT-99, a Taurus, que já se beneficiava da tecnologia da Beretta na produção das pequenas versões atualizadas das antigas Beretta mod. 950 nos calibres .22 Short e 6,35mm Browning, resolve lançar uma pistola semi-automática em calibre 7,65mm, até então sem similar no mercado nacional. A primeira pistola PT-57 produzida levou o número de série J00101.

Nesta oportunidade, o calibre 7,65mm Browning, que é também chamado de .32 AUTO, era o maior calibre permitido no país para uso neste tipo de arma. Posteriormente a legislação alterou este limite até o calibre 9mm Browning Curto, ou como é mais conhecido, o .380ACP (Portaria Nº 1.237 de 01 de dezembro de 1987, do Exército Brasileiro) . Assim, na ocasião, a PT-57 S (Standard) e as pequenas pistolas 6,35mm e .22, derivadas do projeto Beretta, tornaram-se as únicas opções em pistolas semi-automáticas, com utilização permitida aos civis.

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Um dos primeiros modelos da PT-57-S, que eram dotados de placas de empunhadura confeccionadas em madeira de lei, com acabamento liso encerado. (foto do autor)

Como a nova PT-57 seguia basicamente o mesmo projeto da PT-92, resultou em uma arma avantajada para o calibre, o que vai diretamente na contra-mão de uma das poucas vantagens do calibre 7,65mm, que é a de permitir armas leves, de pequeno porte, facilmente transportadas e dissimuladas. A PT-57, entretanto, passa bem longe disso pois manteve a mesma estrutura “large-frame” da sua originária PT-92. Manteve-se, nesse novo projeto, a armação feita em alumínio ASTM7075 (Ergal), com o ferrolho fabricado em aço forjado SAE4140.

Por outro lado, em relação à maioria das pistolas deste calibre encontradas por aqui na época, como as americanas Colt 1903, as belgas FN Browning 1910 e as alemãs Mauser e Walther PP e PPK, ela tinha a vantagem do poder de fogo maior, visto que seu carregador bifilar comportava 13 cartuchos, contra os 8, em média, da maioria das concorrentes. Outra grande vantagem era que, devido ao seu porte, tinha excelente empunhadura, muito mais anatômica e ideal para “mãos grandes”, facilitando o manuseio e precisão de tiro.

A pistola utiliza o sistema de “dupla-ação”, ou seja, estando o cão desengatilhado, pode ser disparada somente com  o acionamento do gatilho. Tal ação é um pouco pesada e de curso longo, tanto ou mais que um revólver comum, mas é necessária somente para o primeiro disparo. Depois dele, a arma dispara em ação simples, com uma pressão do gatilho bem mais suave, apesar de que a tecla do mesmo fica posicionada bem mais para trás. O sistema de dupla-ação em pistolas semi-automáticas é muito vantajoso, uma vez que se pode portar a arma em razoável segurança, com uma munição na camara e o cão baixado. No caso de uso emergencial, não é necessário se armar o cão manualmente. A PT-57 possui capacidade de 13 cartuchos em seu carregador bifilar, fabricado em chapa estampada e soldado a ponto, e que, a bem da verdade, é difícil e duro de ser carregado após a inserção de cerca de 10 cartuchos.

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(Foto) O carregador é em acabamento oxidado e possui tres orifícios numerados 4, 9 e 13, que facilitam a visualização da quantidade de munição existente.

A PT-57S é uma arma que usa o sistema de fechamento de massa inercial (blow-back), ou seja, não utiliza uma trava de culatra e/ou curto recuo de cano, como ocorre com a mais potente PT-92. O relativamente fraco cartucho 7,65mm, ainda mais perante uma arma de tamanha robustez, por si só, elimina esse tipo de preocupação e barateia o projeto. Portanto, o cano é fixo e somente a força da mola recuperadora mantém o ferrolho em sua posição inicial. Os primeiros exemplares da arma já demonstravam um esmerado acabamento.

O ferrolho, em aço, possui acabamento oxidado brilhante; o cano possui acabamento oxidado fosco. A armação, que é feita em alumínio, recebe uma dosagem harmoniosa de acabamento anodizado alternando entre fosco e brilhante. A tecla do gatilho é lisa mas a parte frontal e traseira da empunhadura é ranhurada no sentido vertical, em muito bom relevo, que oferece uma excelente “pegada”. O serrilhado na parte superior do cão é também bastante firme, auxiliando o desengatilhar da arma em segurança. O posicionamento do botão retém do carregador foi muito criticado na época, pois é virtualmente impossível de se expulsar o carregador com uma só das mãos. Fica localizado na parte inferior da empunhadura, do lado esquerdo da arma.

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Lado direito da PT-57 -S:  este modelo ainda não possuía  a trava de segurança deste lado. O pequeno botão ovalado, acima do guarda-mato, é utilizado para a desmontagem parcial da arma.

Posteriormente, a Taurus corrigiu essa falha mudando o botão para a posição mais universalmente adotada, na parte porterior do guarda-mato, acionado facilmente pelo polegar. A pistola possui uma trava de segurança,  posicionada na parte traseira da armação, só do lado esquerdo, mas facilmente alternada de posição com o uso do polegar. Um ponto vermelho no ferrolho alerta para a posição destravada. Com o cão em repouso, essa trava evita a abertura do ferrolho e evita que o gatilho seja acionado. Quando a trava é acionada com a arma engatilhada, evita o disparo da arma em “ação-simples”. A PT57 não possui sistema “decocker”, que desarma o cão automaticamente quando a segurança é acionada.

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Aqui vemos a PT-57 S com o ferrolho aberto, posição que assume automaticamente após o último disparo. Note a tecla lateral na posição levantada, que mantém o ferrolho aberto. Após a inserção de um novo carregador, é necessária uma pressão para baixo, utilizando-se o polegar, para liberar o ferrolho. (foto do autor)

Inusitadamente para a grande maioria das pistolas neste calibre, destinadas ao uso civil, a PT-57 possui um dispositivo para manter o ferrolho aberto (hold-open) no caso de ter sido disparado o último cartucho, o que facilita muito para se colocar a arma rapidamente em uso, somente com a inserção de um carregador municiado e pressionando essa tecla para baixo para se fechar o ferrolho.

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A pistola em sua desmontagem parcial, processo muito simples e rápido. De cima para baixo, ferrolho, armação, cano, mola recuperadora, guia da mola e carregador. O cano se encaixa na armação através de ranhuras laterais e o guia da mola recuperadora auxilia na remontagem.  (foto do autor)

A desmontagem da arma é simples. Retira-se o carregador, pressiona-se um ressalto do lado direito da arma, logo à frente do guarda-mato e, ao mesmo tempo, gira-se para baixo a pequena tecla do lado esquerdo, acima do guarda-mato. Segura-se firmemente o ferrolho e alivia-se a pressão exercida pela mola recuperadora; retira-se então pela frente o conjunto cano, ferrolho e mola recuperadora, deslizando-o para fora da armação. Cuidado para não deixar escapar a mola e sua guia, ainda presa através de um ressalto sob o cano. A seguir, com cuidado solta-se a mola de seu encaixe e em seguida retira-se o cano de seu alojamento no ferrolho. Veja a sequencia de desmontagem nas fotos abaixo.

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A mola recuperadora e seu guia, presos pela pressão da mola em um encaixe abaixo do cano. Essa posição tem que ser refeita antes da remontagem da arma .

Atirar com a PT-57, mesmo com essa versão que não dispõe de alça de mira regulável, é um prazer. O recuo é mínimo, em virtude do peso e da excelente empunhadura, o gatilho é macio e a precisão é muito boa. Em uma sequencia de tiros rápidos, isso ajuda a manter um bom grupamento de impactos no alvo. A alça de mira fixa da PT-57S é ajustada na fábrica em uma regulagem que tende a elevar um pouco a trajetória, em aproximadamente 15 cm, à distância de 25 metros. Portanto, a essa distância deve-se mirar cerca de 15 cm abaixo do centro do alvo. Para os amantes da recarga, em virtude da alta resistência desta arma em relação ao seu calibre, podemos, dentro de uma margem de segurança, tomar a liberdade de se efetuar recargas um pouco mais potentes do que a utilizada pelo fabricante CBC.

Há inclusive casos conhecidos de transformações efetuadas na PT-57 para se utilizar o cartucho .380ACP, como uma espécie de “fake” PT-58. Na verdade, com a simples troca do cano e mantendo-se o mesmo carregador, pode-se utilizar cartuchos .380ACP. Cabe lembrar, entretanto, que esta transformação é ilegal, a menos que a arma seja devidamente recadastrada ou tenha seus dados devidamente informados e alterados nos órgãos competentes.

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Detalhe da parte traseira da armação, onde se pode ver o grande extrator e, sobressaindo-se da parte superior da tala, o dispositivo desconector do gatilho, peça que evita que a arma seja disparada com o ferrolho parcialmente aberto e que permite, também, o reengatilhamento do cão mesmo com o gatilho esteja pressionado. (foto do autor)

Na mesma época, a Taurus lançou uma versão, denominada de PT-57 TA, voltada aos atiradores esportivos, dotada de alça de mira com regulagem micrométrica e com uma alteração na pressão de gatilho, um pouco mais leve que a existente no modelo normal.

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Vista em Raios-X da PT-57 (Taurus Armas)

A Taurus PT-57S AMF, modelo posterior à PT-57S, lançada em 1984, com a mudança do botão ejetor do carregador para perto do guarda-mato e ainda mantendo as talas em madeira lisa.

Durante os primeiros anos de produção a Taurus produziu em suas próprias instalações um coldre confeccionado em couro, produto muito bem acabado e com alta qualidade de materiais empregados. Esse coldre era vendido separadamente da arma mas consta que alguns logistas o ofereciam até como brinde aos clientes que adquirissem a arma.

Acima, o coldre produzido pela Taurus especificamente para a PT-57, fotos cedidas gentilmente pelo leitor E. Tamberg, que adverte para o fato de ter sido projetado com o gatilho exposto, comprometendo a segurança. Porém, a alça superior que mantém a arma fixa, abraça o cão com firmeza, o que impediria da arma ser disparada dentro do coldre. 

Resumindo, apesar de ter sido substituída pelas pouco mais potentes e menores pistolas em calibre .380, como é o caso da sucessora PT-58, a PT-57 ainda é uma interessante opção para amantes do tiro, não sendo, entretanto, uma arma ideal para defesa. O calibre 7,65mm Browning, apesar de ter sido utilizado largamente, pelo menos na Europa, em forças policiais e até militarmente, não é um calibre com suficiente “poder de parada”. A bem da verdade, nem mesmo seu irmão maior, o .380ACP, representa muita mudança neste sentido. Balisticamente falando, em termos de potência efetiva, a diferença entre os dois cartuchos é pequena. Mas, como hoje a lei permite o uso do .380ACP, incluindo-o na lista de calibres permitidos para uso civil, nada mais justo que ele tenha maior preferência no mercado, o que levou a Taurus a retirar a PT-57 da sua linha de produção.

Mesmo assim, como um recurso para prolongar um pouco mais a vida da arma, em 1987 a Taurus lança o modelo PT-57SC, cujo cano passou de 117 mm a 102 mm de comprimento e redução substancial no peso e no tamanho da arma. Com essas mudanças, a pistola passou a ostentar um porte bem mais condizente com o seu calibre, abandonando o tamanho original, oriundo da pistola PT-92 em calibre 9mm Parabellum.

Sòmente visando o mercado de exportação, principalmente na Europa, a Taurus ainda manteve uma versão da PT-57 com as mesmas características encontradas nos modelos recentes da PT-58, cuja fotografia se vê acima, o modelo PT-57 SC. A arma foi reduzida em tamanho, tanto na empunhadura como no comprimento do cano; o botão de extração do carregador passou a ser posicionado perto do gatilho; foi implementado o sistema denominado “decocking” (que desarma o cão de forma segura, mesmo com munição na câmara), a trava de segurança agora é ambi-destra, mudanças que resultaram em uma pistola bem mais condizente com o calibre, elegante e leve. Na verdade, a variante SC já foi produzida  anteriormente, para venda local, como uma alternativa menor e mais leve à variante S.

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Acima (foto do autor), vemos o modelo SC (embaixo) e o modelo S (em cima). Ambas eram fornecidas com talas de madeira lisa, substituídas posteriormente por talas em plástico. Note o menor comprimento da empunhadura da SC, mas o carregador vem com prolongador, o que mantém a mesma capacidade da S. Além de cano e ferrolho, o guarda-mato também foi diminuído bem como o gatilho, para deixar a pistola mais estéticamente aceitável.

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Veja acima as diferenças de dimensões dos carregadores: Na figura da esquerda, acima está a PT57S e embaixo a SC. A largura do carregador é a mesma mas a profundidade é bem menor.

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Na figura acima, os dois carregadores lado a lado, o da PT57SC em cima e da PT57S embaixo. Note o prolongador plástico no carregador da SC, o que lhe dá a mesma capacidade do usado na 57S.

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Acima, vista explodida da PT-57 (Taurus Armas)

PEÇA Nº       NOMENCLATURA

1 MOLA DO CARREGADOR
2 CHAPA DA MOLA DO CARREGADOR
3 FUNDO DO CARREGADOR
4 CANO
5 FERROLHO
6 MOLA RECUPERADO
7 SUB CONJ. DA GUIA DA MOLA RECUPERADORA
8 EXTRATOR
9 PINO DO EXTRATOR
10 MOLA DO EXTRATOR
11 VÉRTICE DE MIRA
12 PERCUSSOR
13 MOLA DO PERCUSSOR
14 ARMAÇÃO
15 ALAVANCA DE DESMONTAGEM
16 RETEM DA ALAVANCA DE DESMONTAGEM
17 MOLA DO RETEM DA ALAVANCA DE DESMONTAGEM
18 RETEM DO FERROLHO
19 MOLA DO RETEM DO FERROLHO
20 GATILHO
21 EIXO DO GATILHO
22 MOLA DO GATILHO
23 TIRANTE DO GATILHO
24 MOLA DO TIRANTE DO GATILHO
25 REGISTRO DE SEGURANÇA
26 PINO DO REGISTRO DE SEGURANÇA
27 MERGULHADOR DO REGISTRO DE SEGURANÇA
28 MOLA DO MERGULHADOR DO REGISTRO DE SEGURANÇA
29 EJETOR
30 PINO DE EJETOR
31 BUCHA DO CÃO
32 CÃO
33 EIXO DO CÃO
34 GUIA DA MOLA DO CÃO
35 MOLA DO CÃO
36 APOIO DA MOLA DO CÃO
37 PINO DO APOIO DA MOLA DO CÃO
38 EIXO DA ARMADILHA
39 MOLA DA ARMADILHA
40 ARMADILHA
41 RETEM DO CARREGADOR
42 MOLA DO RETEM DO CARREDADOR
43 BOTÃO DO RETEM DO CARREGADOR
44 PINO DO ESTOJO DO RETEM DO CARREGADOR
45 BUCHA DA PLACA DE PUNHO
46 PARAFUSO DA PLACA DE PUNHO
47 PLACA DE PUNHO ESQUERDO
48 PLACA DE PUNHO DIREITO
49 CARREGADOR
50 SUB CONJ. DO TRANSPORTADOR

As características básicas desta arma são as seguintes:

Sistema de dupla-ação, “blow-back”, cano fixo, calibre 7,65mm Browning (.32 AUTO ou ACP), capacidade de 13 cartuchos no carregador, comprimento de 200mm, peso desmuniciada de 0,980Kg, cano com 6 raias à esquerda, massa e alça de mira fixas, alça de mira regulável opcional no modelo TA , percussor a lance inercial (evita disparos acidentais mesmo em caso de impactos diretos sobre o cão) e trava de segurança bloqueando disparo mais o ferrolho, na posição fechada. Foi descontinuada e substituída por modelos similares, como a PT-58, mas em calibre .380 ACP.

Códigos utilizados nas pistolas Taurus: Segue tabela de códigos e datas de fabricação adotados pela Taurus a partir de 1987:

A partir de 1987 as pistolas da TAURUS contam com numeração de série alfanumérica, composta de três letras e seguidas de cinco algarismos, conforme nos informa o livro “Taurus, Uma Garantia de Segurança”, do autor Domingos Tochetto e João Alberto Weingaertner. A primeira letra indica o calibre, a segunda, o ano de fabricação e a terceira, o mês de fabricação de cada pistola. O mesmo sistema foi adotado para numeração dos revólveres.

As letras que indicam o calibre são:

Axy – calibre .22 LR
Dxy – calibre 6,35 mm
Fxy – calibre 7,65 mm
Gxy – calibre 380 ACP
Txy – calibre 9 mm
Kxy – calibre .380 ACP
Sxy – calibre .40 S&W

onde x se refere ao ano e y se refere ao mes de produção.

O ano de fabricação (x) inicia-se com A (1981) até Z (2006). A partir de 2007, retorna a letra A indo até Z, para 2030. A letra y (mes) inicia em janeiro (A) e vai até dezembro (L), para os anos de 1981 a 2006. Para 2007 até 2009, janeiro é (M) e dezembro é (Y). A partir de 2010 a 2030, janeiro também é M e dezembro é Z.

Atingido o nº 99999 para um mesmo calibre, o serial é reiniciado em 00001, assim como, quando for atingida a última letra do alfabeto, reinicia-se com a letra A. Pela tabela antiga, a letra E equivaleria ao ano de 1985 (1991 seria a letra K). Porém, a Taurus adotou o sistema alfanumérico em pistolas 7,65mm a partir da arma FGJ00001, ou seja, outubro de 1987. Ou seja, antes dessa data, os números seriais possuíam somente uma letra no início.

A tabela a seguir facilita um pouco o reconhecimento da numeração e suas datas:

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Pelo fato desse sistema ser alfanumérico, ele se esgota a cada 26 anos (a letra Z equivale a 2006). Portanto, em  2007 voltou-se a utilizar a letra “A” para designar o ano de fabricação. Para evitar repetição dos números em armas produzidas depois de 2007, as letras designativas do mês de fabricação começam com a 13ª letra do alfabeto, ou seja M para janeiro, N para fevereiro, O para março  e assim sucessivamente. Portanto, um código serial como FEX, por exemplo, indica como sendo o mês de Novembro de 2011 a fabricação da arma.

Armas destinadas à uso pelas Forças Armadas seguem padrão específico de numeração, com duas letras e cinco dígitos. As duas letras iniciais são EB para Exército, MB para Marinha e MA para a Aeronáutica.

A partir de outubro de 2019 a Taurus modificou seu sistema de numeração serial. Continuou com o formato de tres letras e cinco números, porém, o significado das letras sofreu alteração. A partir dessa data, as duas primeiras letras indicam o ano de fabricação, sendo que AA é o ano de 2019, AB é 2020, AC é 2021 e assim por diante. A terceira letra é o mes, variando então de A=janeiro até L=dezembro. Esse novo método será usado em todas as armas do fabricante, não só nas pistolas. 

Quanto aos modelos temos o seguinte:

S – standard
C – compacta
TA – tiro ao alvo
A – ambidestra
M – maior capacidade de fogo
F – fire pin block (trava do percutor)
D – desarmador do cão

Dessa forma surgem os conjuntos de gravações mais conhecidas: SS, SC, TA, AF, AMF ou SAMF.
Ex: PT 58 SS, PT 100 AF, etc.

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Written by Carlos F P Neto

08/09/2009 às 11:42

300 Respostas

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  1. Prezada Verônica, te enviei um email para o endereço veadlermattedi@gmail.com. Abraços.

    Carlos F P Neto

    15/04/2024 at 16:54

  2. Oi Bom dia. Meu nome é Verônica Adler e sou do RJ. Estou precisando saber mais sobre as numerações de montagem e outras marcações de cano para pistolas Taurus com ano de fabricação de 1996. Ultimamente, no meu trabalho teve visto marcações incomuns, como calibre e a falta do *. Sabe aonde eu posso achar mais informações sobre isso?

    Obrigada, Verônica.

    Verônica Adler

    15/04/2024 at 9:42

  3. muito relevante essas informações pois agora sei que minha 765sc acabou de completar 30 anos mais ainda esta zerada !!!

    Nilton Rodrigues Monteiro Junior

    28/01/2024 at 12:11

  4. Obrigado pela ajuda no esclarecimento. O modelo é sem duvida recente.

    Abracos

    Rui Valadares

    05/07/2023 at 5:24

  5. Ok, é o seguinte: a partir de outubro de 2019 a Taurus zerou a codificação AAAxxxxx. A partir daí, para toda a linha de armas, pistolas, revólveres, carabinas, etc. as duas primeiras letras serão o ano de fabricação: AA para 2019, AB para 2020, AC para 2021, AD para 2022 e assim por diante. A terceira letra é o mes, A sendo janeiro, B fevereiro, etc. No entanto, se a arma for mais antiga, soube que o serial ADM tambem foi usado anteriormente a 2019 para armas destinadas à mostruários em feiras, lojas, etc.

    Carlos F P Neto

    04/07/2023 at 17:59

  6. Obrigado. Tambem estou bastante intrigado.
    Vamos aguardar.

    RV

    04/07/2023 at 15:29

  7. Olá amigo, saudações. Realmente intrigante, estou até contatando colega que trabalha na Taurus Armas para perguntar sobre isso. Por ora, não tenho idéia. Vamos aguardar.

    Carlos F P Neto

    04/07/2023 at 13:03

  8. Saudacoes

    Adquiri recentemente uma pistola Taurus PT57SC, sendo que o calibre desse modelo é 7.65mm, o numero de serie esta comecando com ADM seguido de 6 numeros. Mas segundo o artigo acima, deveria comecar com a letra F que corresponde ao calibre correcto. Alguma explicacao?

    Obrigado

    RV

    08/06/2023 at 6:23

  9. Saudações.

    Obrigado pela partilha e atualização.

    Cpts

    Jaime Nhamazane

    16/04/2023 at 4:04

  10. Cordiais Saudaçoes Armamentistas, prezado Alexsandro.
    Os carregadores da PT-57 S (capacidade 13 munições) e os carregadores da PT-57 S AMF (15 muniçoes), “calçam” perfeitamente a munição calibre .380 ACP, pois o comprimento total (estojo+projétil) da munição cal 7,65mm (.32 Auto) é exatamente igual ao da munição cal .380 ACP; todavia, a quantidade de munição em cd carregador é menor e isto se deve ao diâmetro maior da munição cal .380 ACP.
    Interessante notar q o carregador p/ 15 muniçoes da PT57 S AMF serve perfeitamente no modelo PT-57 S, porém, a recíproca NÃO é verdadeira: o carregador p/ 15 munições tem furação p/ o “release” tanto na parte superior qto na base e o carregador original p/ a PT-57 S ñ tem o furo na parte superior, daí ele ñ pode ser fixado na PT-57 S ANF.
    Por oportuno, vale advertir q os carregadores do modelo PT-57 Sc (12 munições) e os carregadores p/ a PT-58 S e p/ todos os demais modelos PT-58 e tb PT-59 NÃO servem nas PT-57 S e na PT-57 S AMF, pois são especificamente dimensionados p/ estes novos modelos, q são menores do q os dois primeiros modelos “57”, q, salvo equívoco, foram fabricados/adaptados no chassi/ferrolho do modelo “Brigadier” (cal 9mm Luger) da Beretta, após aquisição da planta fabril pela TAURUS, tendo esta fabricante adaptado/convertido p/ o cal 7,65mm os carregadores (13 munições cal 9mm) já existentes.
    Detalhe: a título de curiosidade, vale lembrar q logo após lançamento das pst em cal .380 ACP, em algumas lojas encontrava-se “cano em cal .380 ACP” exatamente do mesmo tamanho do cano original das pst PT-57 S e PT-57 S AMF q podiam ser instalados nessas pst, convertendo-as p/ este cal.
    Entretanto, como soe acontecer aqui neste ainda nosso amado Brasil, onde, ao q parece, as leis são criadas p/ dificultar/inviabilizar/piorar, a conversão foi proibida!  Então, é isso aí!
    Grd abraço, Alexsandro.

    Joao L Apocalypse

    15/07/2022 at 23:51

  11. Infelizmente não, só o produzido para ela, mesmo.

    Carlos F P Neto

    15/07/2022 at 16:39

  12. Boa noite,
    Excelente matéria sobre essa relíquia do nosso esporte.

    Sabe dizer se é conhecido algum carregador compatível? Estou procurando carregador de PT58 para testar na minha.
    Atenciosamente,

    Alexsandro Cardoso Lima

    11/07/2022 at 2:13

  13. Obrigado por compartilhar esse brilhante conhecimento, ótima matéria.

    Pedro Henrique Tessaro

    12/05/2022 at 20:58

  14. Excelente apresentação 😜 ^_^ :,-)

    Ubirajara Beraldo Pereira

    06/01/2022 at 21:57

  15. Olá, a letra K significa calibre 380ACP, letras C e O significam mes de março de 2009.

    Carlos F P Neto

    11/10/2021 at 11:36

  16. Saudações. Tenho uma PT58 HC Plus e não sou o primeiro dono dela. O serial inicia com KCO. Tem a informação da data de fabricação dessa pistola?

    Alexander de Farias Gomes

    08/10/2021 at 20:58

  17. Parabéns pelo trabalho.
    Possui uma PT57SC cujo número de série não se ajusta ao descrito no seu texto. Ela foi adquirido por mim na década de 1980 é o número de série é E01652.
    Você teria alguma explicação para isso?

    Hilton G. Ribeiro

    11/08/2021 at 1:58

  18. Boa noite prezados, sou de Moçambique e nosso porte é limitado ao calibre 32 ACP. Hoje fui a uma loja autorizada de revenda que abriu a pouco mais de 1 mês pertencente a chineses vendendo a Taurus Pt 57 sc modelo oxidado e inox com uma númeracao de série bastante diferente com apresentada no excelente artigo.
    Para oxidada a série é ABCnúmeros e inox ABEnumeros. Alguém pode ajudar se Fake ou nova númeracao da Taurus. Desde já agradeço

    Camilo

    27/03/2021 at 15:47

  19. Daniel, infelizmente não fazemos avaliações aqui nesse espaço. Muito grato pelo contato.

    Carlos F P Neto

    02/01/2021 at 21:13

  20. Caro Carlos, muito interessante sua colocação, com a qual concordo plenamente. Muito grato pelos elogios.

    Carlos F P Neto

    02/01/2021 at 21:11

  21. Prezado Carlos, muito bom seu artigo sobre essas armas que tem seu espaço garantido na história das armas no Brasil. Eu tenho os dois modelos S e SC, gosto muito de atirar com elas, mesmo sendo como dizem ‘arma para dar tiro em amigo’, (mesmo sendo o calibre que mais matou no sec XX). Não abro mão delas. O agrupamento em tiro rápido é muito bom, como você menciona a robustez da arma permite carga quente. Parabéns pelos outros artigos também, afinal somos um ‘deserto’ de informação a respeito desse assunto tão vasto e rico.

    Carlos Rocque da Motta

    31/12/2020 at 12:17

  22. Tenho uma PT 57 S, fabricada em 1993, muito nova, com apenas 50 disparos, gostaria de saber o valor dessa arma, que encontra-se em excelente estado de conservação! Agradeço!

    DANIEL CARDOSO PIEPER

    29/12/2020 at 21:48

  23. Boa matéria, tenho a minha desde 1988, quando era aspirante da PMPR. ESta arma foi descontinuada da PM em 1989 pela alegação de seu baixo poder de parada, e diversos relatos de oficias que tiveram que entrar em luta corporal , mesmo após o disparo de vários tiros sobre delinquentes. Porém , nunca abandonei a minha PT 57s , e hoje ainda a tenho com muita satisfação. Mesmo sendo considerado um calibre anêmico para os dias de hoje, sua robustez e confiabilidade, e facilidade de utilização ainda são argumentos fortes. Estou adquirindo uma PT 92 em 9mm, mas jamais irei abandonar minha velha companheira de noites geladas de rondas nas geladas noites de Curitiba. Saudações a todos.

    Augusto

    15/12/2020 at 23:00

  24. Belo artigo gostei

    Carlos Ananias

    14/12/2020 at 12:34

  25. Ótimo artigo muito esclarecedor obrigado amigo. Tenho uma pt 57S está com 36 anos só alegria

    Sergio Bissoloti

    05/10/2020 at 21:11

  26. Excelente artigo, uma preciosidade histórica e técnica. Parabéns ao autor

    Ricardo

    10/09/2020 at 12:57

  27. Marcus, infelizmente difícil avaliar qualquer coisa nesse sentido, sem examinar as peças em mãos.

    Carlos F P Neto

    12/05/2020 at 12:05

  28. Boa noite,
    Tenho uma PT 57 S que herdei do meu pai e o carregador estava travado. com muito custo consegui retirá-lo. A levei em um armeiro e ele me disse que era de um outro modelo da PT 57.
    Existe algum modelo que o carregador entre de forma forçada ou teria ele se expandido por haver sido alimentado equivocadamente com munição .380 que é muito parecida????
    Marcus Vinicius

    MARCUS vinicius VEIGA

    11/05/2020 at 20:38

  29. Que eu saiba, não há.

    Carlos F P Neto

    11/05/2020 at 19:16

  30. Chegando pra dar um pitaco… Sugiro, pra q seja alcançado taaaaaamanho nível de preciosismo, a quem se interessar, q desmonte uma 57 S, meça e pese peça por peça e depois monte um quadro, ou tabela, c/ o resultado do trabalho. Ñ sei q utilidade poderia ter esse trabalho, p/ além de ajudar a passar o tempo durante essa pandemia. Todavia, ñ desmerecendo a faina, por inutil q possa parecer, seria mt
    interessante ver uma tabela desse tipo. Será q na TAURUS, há tal tabela?

    Joao l Apocalypse

    09/05/2020 at 15:42

  31. Infelizmente não.

    Carlos F P Neto

    09/05/2020 at 13:53

  32. VC consegue as especificações de cada peça ? Ex : mm, cm, peso etc

    Robi

    07/05/2020 at 21:23

  33. Bonfim, não, nunca houve produção de nenhuma pistola da linha PT em acabamento niquelado.

    Carlos F P Neto

    06/05/2020 at 18:14

  34. Amigo… estou para comprar um pt57 SC niquelada de um colecionador. Ele garante q trata se de uma série especial, e sinto sinceridade nele..mas nunca tinha ouvido falar de tal arma com esse acabamento. Se fabricou nesse acabamento niquelado mesmo algumas unidades amigo?

    Bonfim

    22/04/2020 at 23:01

  35. Jones, se o carregador servir corretamente na arma, a capacidade do mesmo não irá interferir em nada.

    Carlos F P Neto

    08/04/2020 at 21:12

  36. Posso usar um carregador de 12 tiros em uma PT 57 AMF cuja capacidade de seu antigo carregador era15 tiros?

    Jones

    05/04/2020 at 15:24

  37. Amigo, peças só com fabricante, não comercializamos, infelizmente.

    Carlos F P Neto

    04/01/2019 at 22:27

  38. Tem uma loja em São Paulo que geralmente tem peças, dê uma ligada. Trata-se de uma autorizada Taurus.

    SAUER-TEC COMERCIO E
    Endereço: Rua do Bosque,1024 – Barra Funda – São Paulo/SP
    Telefone:(11)3392-1592

    Juvenil Costa

    04/01/2019 at 21:46

  39. Bom dia amigo.
    Gostaria de comprar o retém do carregador da PT 380 58s taurus, por gentileza vc pode me indicar um?

    Enilson Mendes Nunes

    01/01/2019 at 9:28

  40. Muito bom artigo, bem informarivo

    Eser Servio

    12/10/2018 at 9:21

  41. Adriano, em tese é possível modificar para o .380 ACP trocando-se o cano. Eu não sei quais seriam os trâmites legais a que se refere, não os conheço. A princípio eu sou contar esse procedimento. Vale mais a pena trocar a arma por outra. Adquirir um cano para ela em .380 vai ser um problema; vão exigir documentação da arma em seu mapa, etc. Grande abraço.

    Carlos F P Neto

    01/07/2018 at 22:10

  42. Prezado Carlos, muito bom seu artigo!
    Fiquei com uma dúvida, é possivel alterar o calibre da PT 57 “SC”?
    Pelo que eu vi houve um encurtamento do cano e alteração no carregador mas gostaria de poder melhorar o calibre da minha arma já que foi indicada essa possibilidade dentro dos tramites legais.
    Desde já grato.

    Adriano

    Adriano Lima

    27/06/2018 at 9:57

  43. Samuel, eu creio que pela vista explodida que temos no nosso artigo há como você verificar a posição que fica a mola de retorno do gatilho. Abraços.

    Carlos F P Neto

    11/06/2018 at 16:47

  44. Algum colega poderia enviar por e-mail (kuruja@gmail.com) fotos detalhadas de como fica instalada e alojada a mola do gatilho da PT57? a antiga havia quebrado, adquiri uma nova porém estou tendo dificuldades na montagem, aqui não tenho armeiro especializado. grato

    samuel

    07/06/2018 at 15:09

  45. Prezado Carlos,

    Respondendo ao comentário do Juvenil, sobre o ajuste dos lábios do carregador:

    O ajuste não é muito difícil de fazer, desde que você tenha duas coisas à mão: um outro carregador (que esteja funcionando perfeitamente) e um paquímetro. Basta comparar as medidas da abertura dos lábios de ambos e reproduzir as do carregador bom naquele que precise de ajuste.

    Um polimento interno nos lábios (usando uma Dremel com roda de feltro) torna o municiamento e operação do carregador bem mais suaves, além de eliminar eventuais rebarbas que surjam durante o ajuste.

    Erick Tamberg

    25/04/2017 at 13:55

  46. Olá pessoal, com relação as munições de ponta oca, de fato eu tive problema com as antigas munições da cbc. O havia travamento do semi aro devido a diferença de dimensão. Porém a cbc resolveu esse problema com as novas munições ponta oca,elas ficaram com a dimensão das munições ogivais. Até agora não tive nenhum problema. Um grande abraço a todos.

    Juvenil

    12/04/2017 at 8:17

  47. Prezado Carlos,
    Sobre o uso defensivo do calibre 7,65mm, tenho acompanhado discussões em fóruns norte-americanos, principalmente no referente ao uso de mini-pistolas como as Kel-Tec P-32.
    Muitos atiradores dos EUA tem relatado problemas com uso de munição expansiva em pistolas. O mais comum relatado é ocorrer o que eles chamam de “rimlock”: como o cartucho 7,65mm Browning tem semi-aro e os projéteis expansivos tornam o cartucho mais curto, são frequentes as ocorrências onde os cartuchos saem de posição no carregador (parece ser mais comum com a Silvertip), ficando o aro do cartucho a ser carregado travado contra o aro do cartucho de baixo.
    A recomendação, portanto, é utilizar a munição ogival padrão. Caso se opte por munição expansiva, deve-se evitar projéteis inferiores ao peso-padrão (71/73 grains), que tornam o cartucho mais curto e podem causar o “rimlock”. Em cartuchos muitas vezes introduzidos na câmara, em que o projétil é afundado no estojo, este fenômeno também pode ocorrer.
    O “rimlock” não ocorre no .380 ACP, pois o cartucho é sem aro.
    Respondendo à pergunta do Matheus Ferreira: o primeiro teste a ser feito num carregador é o da tensão da mola. Basta inserir um carregador vazio na arma e puxar o ferrolho para trás. Se a mola estiver boa, ela vai empurrar o retém do ferrolho para cima e este vai parar aberto. Se a mola estiver fraca, não vai ter tensão o suficiente para acionar o retém, e o ferrolho vai fechar.

    Erick Tamberg

    11/04/2017 at 18:16

  48. Prezado Erick, é quase uma luta inglória, infelizmente. Eu já consegui “tirar do ar” uma dezena de sites e blogs, clones de meus artigos, mas a coisa se prolifera a olhos vistos. Infelizmente nesse país, a coisa funciona assim. Grande abraço.

    Carlos F P Neto

    05/04/2017 at 11:53

  49. Prezado Carlos,

    Seu artigo foi integralmente plagiado sem menção aos direitos autorais:http://tudosobrearmas.com.br/2016/02/01/conheca-a-historia-da-pistola-taurus-pt-57-calibre-765mm/

    Erick Tamberg

    05/04/2017 at 11:18

  50. Prezado Carlos

    Sobre seu comentário a respeito da trajetória alta da PT-57 S, não verifiquei isso no meu exemplar. Pelo contrário: tanto a 7 quanto a 15 metros, o ponto médio dos agrupamentos fica cerca de 3 centímetros abaixo do ponto visado. Não atirei a 25 metros por não dispor dessa distância no estande, mas a diferença de “menos três” se manteve nas duas distâncias em que atirei.

    Creio, portanto, tratar-se de uma característica particular de cada exemplar, e não do projeto da arma em si.

    Quando entrei na Polícia Civil de São Paulo, a primeira arma de serviço que tive (uma Taurus PT-940, em calibre .40 S&W) agrupava terrivelmente baixo. Os impactos atingiam o abdômen da silhueta quando visava o centro do tórax, a meros 10 metros. Percebi que o problema era da arma em si, pois, trocando de arma com outros colegas (que receberam pistolas do mesmo lote, inclusive com numeração de série sequencial), os impactos se davam no ponto visado. A pistola foi mandada em garantia para a Assistência Técnica, onde teve o tamanho de sua massa de mira reduzido até que se obtivesse uma regulagem satisfatória.

    Erick Tamberg

    04/04/2017 at 19:54


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